terça-feira, 28 de julho de 2009

FAMÍLIA UNIDA

A neta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvida em recentes gravações feitas pela Polícia Federal, foi funcionária pública comissionada (indicada, sem concurso) no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com méritos. Pelo menos é o que indica portaria publicada no dia 28 de março de 2006, em que ela e outros servidores são elogiados, assinada pelo ministro maranhense e então presidente da corte, Edson Vidigal.
Maria Beatriz Sarney foi lotada na secretaria do gabinete da presidência do STJ no período em que Vidigal esteve à frente do tribunal (biênio 2004-2006) e trabalhava na assessoria de relações internacionais. A assessoria de imprensa do STJ não soube informar, porém, se na época em que esteve no STJ, Maria Beatriz Brandão Cavalcanti Sarney tinha diploma de nível superior. O curso de direito que fazia em Brasília só foi finalizado em 2007. Pelo cargo que ocupou no STJ, com salário de R$ 6 mil (bruto), Maria Beatriz Sarney acompanhava o ministro em algumas viagens para fora do país. Em março de 2005, por exemplo, ela foi a Sidney, na Austrália, para “cumprimento de missão exterior”. O STJ desembolsou R$ 6,4 mil com pagamento de diárias usadas pela neta de Sarney na viagem, para participar de colóquio judicial promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).