terça-feira, 15 de outubro de 2013

CLASSE MÉDICA PROMETE OFENSIVA CONTRA DILMA

BRA 247 – Revoltados com as novas medidas anunciadas pelo governo federal na área da Saúde, os médicos prometem uma ofensiva contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014. Rompidas com o governo, as entidades de classe estão insatisfeitas principalmente com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da medida provisória que cria o programa Mais Médicos. O texto retira dos Conselhos Regionais de Medicina, ainda, o papel de conceder o registro profissional para os médicos que trabalham no Brasil.
Essas associações também defenderam os protestos ocorridos em diversos locais do País contra a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em regiões longínquas, onde há falta de profissionais. Agora, a ofensiva será focada na influência que os médicos têm sobre os pacientes, especialmente em locais menos favorecidos. A intenção é, num discurso indireto, fazer com que a população que frequenta os hospitais ou postos de saúde desses médicos não votem na presidente Dilma Rousseff no ano que vem.
O discurso é feito às claras. "Um número muito grande de médicos que nunca se envolveu em eleições está determinado a se envolver, mas influenciando, não se candidatando. É muito comum os pacientes perguntarem para a gente, em período eleitoral, em quem vamos votar, principalmente nas regiões menos favorecidas. Há um movimento grande da classe médica para participar da política dessa forma. Não é o candidato A ou B, o sentimento é escolher um candidato que, certamente, não será a presidente Dilma", diz o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Floriano Cardoso, segundo reportagem do jornal O Globo.
No cálculo do presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho, se mobilizada, a classe médica consegue decidir 40 milhões de votos em 2014, com base no fato de que cada profissional influencia cerca de cem pessoas – pacientes e seus familiares. Em sua avaliação, hoje, 90% dos médicos são oposição ao governo. "A classe médica sente que está sendo tratada de forma errada pelo governo, com reivindicações desconsideradas", diz. Em São Paulo, onde o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será candidato ao governo, haverá campanha massiva diretamente contra ele.