segunda-feira, 4 de agosto de 2014

CRISE ENTRE PREFEITOS E VICE-PREFEITOS DA CAPITAL SE REPETE HÁ QUASE 30 ANOS

O rompimento entre o prefeito Roberto Cláudio (PROS) e o vice-prefeito Gaudêncio Lucena (PMDB) – escancarado na última semana, após exoneração de secretários municipais peemedebistas – passa longe de ser um episódio pontual do cenário político da Capital cearense. Desde a redemocratização do País, ainda nos anos 1980, todos os prefeitos e vice-prefeitos de Fortaleza enfrentaram crises no curso da gestão municipal por divergências na administração pública e frustrações na execução do projeto de poder.
A prefeita Maria Luiza Fontenele, empossada em 1986, teve uma relação de desgaste com o vice-prefeito Américo Barreira. À época, ambos eram filiados ao PT e tiveram divergências no modelo de Governo que posteriormente levaram à expulsão da gestora do partido ao qual era filiada. Em abril de 1988, conforme matéria veiculada à época no Diário do Nordeste, a executiva regional da legenda, apoiada pelo vice-prefeito Américo Barreira, pediu o afastamento de Maria Luiza após conflitos em pré-convenções da sigla.
O candidato a prefeito vitorioso nas eleições de 1988 foi Ciro Gomes, que interrompeu o mandato para assumir o cargo de governador do Estado, após vencer o pleito de 1990. O vice-prefeito Juraci Magalhães, que era do PMDB, rompeu com o PSDB de Ciro após decidir apoiar a candidatura ao Governo de Paulo Lustosa, que era filiado ao PFL. Depois de Ciro Gomes ser eleito governador, Juraci comandaria a Prefeitura de Fortaleza até 1992 e trocaria farpas com o ex-aliado nos anos posteriores.
(Blog Política do DN)