terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O FUTURO DO PMDB CEARENSE

A direção estadual do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), haverá de definir, o quanto antes, uma estratégia para garantir a permanência nos seus quadros, dos filiados que sonharam, com a candidatura do senador Eunício Oliveira, neste ano, de forma direta chegarem ao Poder no Ceará.
O próximo governador, Camilo Santana, na mesma linha de Cid Gomes, após o rompimento da aliança que mantinham desde 2006, vem dando demonstrações de estar disposto , tratar os peemedebistas como oposicionistas, como as urnas os fizeram. E mais, Camilo comunga com o discurso do governador Cid Gomes, de afastar o PMDB da condição de primeiro aliado do PT no campo nacional, reflexo, por certo, dos efeitos da disputa pelo Governo cearense.
Ser oposição é o que a maioria dos filiados à sigla, notadamente os detentores de mandatos, abominam. Vários não deixaram o partido, ainda quando se aproximava o rompimento entre Eunício e Cid, pelo fato de o atual governador não concordar, em razão de à época, alimentar a ideia de um entendimento, mantendo a aliança mesmo sem Eunicio Candidato.
O fato e comprovado com a saída de Domingos Filho do partido, sem levar sequer a mulher, Patrícia Aguiar, prefeita de Tauá. A exceção foi o deputado Lucílvio Girão, que ameaçou, inclusive de deixar a política, alegando questões pessoais com o senador.
Não tem sido salutar a relação do comando peemedebista no Estado com alguns dos seus deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores. Manifestações e ações antes e durante a campanha eleitoral passada confirmam o distanciamento da direção com a maioria das lideranças partidárias.
O partido, à sombra do Governo não cresceu no Ceará, mesmo com o seu presidente, imediatamente após ter sido eleito senador, alimentasse a ideia de candidato a governador, na época, propalava, dentro da mesma aliança, consequentemente com o apoio de Cid Gomes, que, por sua vez, até a hora final, nunca negou pudesse vir a apoiá-lo.
Hoje, ainda sob os efeitos dos resultados do pleito, concorrido sim, por uma série de fatores, dentre eles o próprio desgaste da administração, se fala no PMDB liderando a oposição. As festas de fim de ano, por certo mudarão esse cenário.
E no início das atividades legislativas se constatará que as expectativas oposicionistas de hoje não passam de quimeras. E o PMDB, se de fato quiser manter a pequena fatia que tem no Ceará, terá que abandonar o seu modelo de não compartilhamento da gerência do partido e de isolamento de suas poucas lideranças em alguns pontos do Ceará. (Blog Política do DN)