Os organizadores dos atos marcados para esta quinta-feira (20), que
fazem contraponto aos protestos pró-impeachment de domingo (16),
chegarão às ruas divididos sobre a defesa do governo. A informação é da
Folha de São Paulo. Grupos ligados ao PSOL e a Guilherme Boulos, líder
do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), visto como dono da maior
capacidade de mobilização, alertaram os demais movimentos que não
defenderão Dilma Rousseff e que vão mirar temas sensíveis ao governo.
Entre eles estão o ajuste fiscal conduzido pelo ministro da fazenda
Joaquim Levy, e a Agenda Brasil, pacto firmado com o presidente do
Senado Renan Calheiros (PMDBAL), ambos criticados no manifesto
intitulado “Contra a Direita e o Ajuste Fiscal”, assinado pelos
organizadores. Entidades com ligação histórica com o PT, como CUT e UNE,
no entanto, adotarão um discurso mais ameno em relação ao governo e
usarão palavras de ordem contra o impeachment de Dilma.