Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões, em
janeiro deste ano. É a maior retirada líquida mensal registrada na série
histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Em janeiro de 2015,
também houve retirada líquida, mas o resultado negativo foi menor: R$
5,52 bilhões.
No mês passado, os clientes bancários sacaram R$ 161,59 bilhões. Os
depósitos chegaram a R$ 149,56 bilhões. Os rendimentos da poupança
ficaram em R$ 4,08 bilhões e o saldo total depositado nos bancos chegou a
R$ 648,64 bilhões.
Em 2015, a poupança registrou a maior retirada líquida. O
saldo negativo ficou em R$ 53,56 bilhões. O Banco Central não registrava
retirada líquida anual desde 2005 (R$ 2,72 bilhões).
A
poupança tem perdido atratividade devido à taxa básica de juros, a
Selic, mais alta, o que torna outras aplicações mais atraentes. Outro
fator é a inflação mais alta do que a remuneração da poupança. Além
disso, há menos dinheiro para aplicar devido à alta dos preços, ao
endividamento das famílias e ao aumento do desemprego.